Secretária de Estado da Promoção da Saúde elogia caminho de Portugal e confiança dos cidadãos.
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) de Portugal completou 58 anos de vida, data que foi celebrada esta quarta-feira, dia 4 de outubro, num evento organizado pela Direção-Geral da Saúde para assinalar as inúmeras conquistas da vacinação no nosso país, tais como a eliminação de doenças como a poliomielite e o sarampo, e o controlo de doenças como o tétano e a tosse convulsa. A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, presidiu à sessão de encerramento do evento, altura em que agradeceu o trabalho que todos os profissionais que contribuíram para este resultado.
“Hoje é um dia para celebrar este grande objetivo comum”, começou por dizer Margarida Tavares, que destacou o papel de Graça Freitas, antiga diretora-geral da saúde, nos ganhos da vacinação. “O que hoje damos como adquirido e como grande sucesso não pode ser perdido. Este programa é um tesouro e uma preciosidade de que temos de cuidar”, prosseguiu a governante, defendendo que a vacinação “é um dos pilares da nossa saúde em Portugal”.
A Secretária de Estado lembrou a coincidência da efeméride dos 58 anos com o anúncio do Nobel da Fisiologia e Medicina, atribuído nesta mesma semana a Katalin Karikó e Drew Weissman por descobertas biotecnológicas subjacentes à formulação das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) para Covid-19. “O trabalho e a perseverança veio salvar-nos”, destacou, insistindo que o tema da confiança é fundamental nesta área.
A governante lembrou alguns dos exemplos de sucesso destas quase seis décadas de PNV. O programa foi sendo progressivamente expandido e Portugal, ano após ano, teve cada vez mais crianças protegidas precocemente contra mais doenças infeciosas. O PNV modificou a saúde da nossa população, a par com a também melhoria das condições de vida.
Margarida Tavares destacou que Portugal está no topo dos países com melhores coberturas vacinais, o que se deve à dedicação e envolvimento dos profissionais, também eles geradores de confiança nas vacinas e no PNV.
“Essa confiança foi construída ao longo de muitos anos e tem de continuar a ser construída todos os dias. Assistimos hoje a enormes desafios no que toca à confiança dos cidadãos nas vacinas. Esses desafios só poderão ser vencidos com a inexorável evidência de que as vacinas salvam mesmo vidas”, disse a governante, insistindo que “os princípios da equidade e da acessibilidade que estão na base do PNV devem ser preservados”, o que implica um trabalho de envolvimento de todos e próximo da comunidade.